9 de fevereiro de 2009

O MISTÉRIO DA REGENERAÇÃO

O que ocorre na regeneração de forma exata é um mistério para nós. Sabemos que de algum modo nós, que estivemos espiritualmente mortos (Ef 2.1), Fomos vivificados por Deus e num sentido muito verdadeiro "nascemos de novo" (Jo 3.3,7);Ef 2.5;Cl 2.13). Mas não entendemos como isso ocorre ou o que exatamente Deus faz para nos dar essa nova vida espiritual. Jesus diz: "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo que é nascido do Espírito" (Jo 3.8).
As Escrituras vêem a regeneração como algo que nos afeta como pessoas integrais. Naturalmente, nosso "espírito é vida" para Deus depois da regeneração (Rm 8.10), mas isso simplesmente se deve ao fato de sermos afetados pela regeneração como pessoas integrais. Não se trata de apenas nosso espírito estar mortos antes - nós estávamos mortos para Deus em transgressões e pecados (veja Ef 2.1). E não é correto dizer que a única coisa que ocorre na regeneração é que nosso espírito é vivificado (como alguns têm ensinado), porque cada parte de nós é afetada pela regeneração: "Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2Co 5.17).
O fato de a regeneração ser uma obra de Deus dentro de nós pela qual ele nos dá vida nova nos faz concluir que é um evento instantâneo. Ocorre uma única vez. Num momento estamos espiritualmente mortos, e depois no outro temos nova vida espiritual da parte de Deus. Todavia, nem sempre sabemos exatamente quando essa mudança instantânea ocorre [...], mas haverá uma mudança instantânea quando Deus, através do Espírito Santo, de maneira despercebida e invisível, desperta interiormente a vida espiritual. A mudança se tornará evidente com o passar do tempo em padrões de comportamento e desejos agradáveis a Deus. [...]. Normalmente, os resultados podem ser vistos de imediato - confiança sincera em Cristo no tocante à salvação, garantia de que seus pecados foram perdoados, desejo de ler a Bíblia e orar (e uma percepção de que essas atividades espirituais são importantes), prazer em adorar, desejo de reunir-se com outros cristãos, sincero desejo de ser obediente à Palavra de Deus revelada nas Escrituras e vontade de falar de Cristo aos outros...
(Wayne Grudem, Teologia Sistemática, p. 585-86)

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