27 de agosto de 2009

TRANSFOMANDO PEDRAS EM DEGRAUS

"Mas a vida não vale nada, a menos que eu viva para fazer a obra que Senhor Jesus me destinou" (Atos 20.24-ABV).
N
ão ouvimos falar muito sobre as derrotas de Abraham Lincoln porque as vitórias dele foram muito mais notáveis. Mas durante muito tempo tudo parecia estar contra ele. Sua mãe morreu quando ele tinha nove anos. Em 1832, ele perdeu uma eleição para a Câmara Legislativa do Estado de Illinois. Em 1849, ele foi rejeitado como Comissário do General Land Office. Ele perdeu a eleição para o senado em em 1855 e 1858, e nesse meio tempo deixou de ganhar uma nomeação para Vice-Presidente. No entanto, suas perdas mais dolorosas foram a morte de seus filhos de quatro e doze anos.
Lincoln nasceu em área remota de Kentucky. em seu currículo, possuía apenas alguns meses de escola elementar. Não havia livros e os alunos precisavam repetir as palavras da professora. Foi um autodidada em matemática, leu os clássicos e trabalhou sua habilidade de escrita e oratória utilizando a Bíblia como modelo. Sua filosofia era: "Vou estudar e me preparar, e quando chegar a hora estarei pronto". Ele disse a um amigo: "Tenha isto em mente - a sua própria decisão de vencer é mais importante do qualquer outra coisa." Seu mais famoso discurso "Gettysburg Address" (O Discurso de Gettysburg) é uma das mais notáveis peças de oratória existentes. Durante os dias mais negros da Guerra Civíl [americana], ele disse: "Faço o melhor que sei fazer... e pretendo continuar fazendo isso até o fim."
Paulo [O Apóstolo] não disse: "Nenhuma dessas coisa me ferem", ele disse, "nenhuma dessas coisas me abalam". Há uma grande diferença! Paulo se recusou a permitir que os problemas da vida o sabotassem! Ele entendeu que o que acontece em você é mais importante do que acontece com você. Ele também entendia que quando você olha para Jesus como seu modelo e extrai forças Dele a cada dia, Ele lhe dará tudo que é necessário para vencer na vida.


(Bob e Debby Gass. A palavra para hoje (junho a agosto 2009), p.36)

P.S. Abraham Lincoln (foto acima) - Esse grande advogado do povo norte-americano proferiu o seu mais célebre discurso no cemitério de Gettysburg, onde se travou uma das mais cruentas batalhas da guerra civil. Lincoln tudo fizera para evitar a guerra fraticida e, quando verificou que seus esforços haviam sido inúteis para que o Sul depusesse as armas, decidiu pela abolição da escravatura. O discurso do lenheiro que chegou à Presidência dos Estados Unidos foi considerado um verdadeiro poema em prosa...

20 de agosto de 2009

DEUS SABE!

"Bem-aventurado é aquele...cuja esperança está no Senhor." Salmo 146:5 NKJV
F. B. Meyer disse: "A educação da nossa fé está incompleta (até) que aprendamos que a providência de Deus trabalha por meio da perda... que há um mistério para nós em cada fracasso e na perda de algumas coisas. O riacho quase seco onde Elias se escondeu é um retrato das nossas vidas! "Algum tempo depois, o riacho secou-se" (1Reis 17:7).
E
sta é a história do nosso ontem e uma profecia para o nosso amanhã. Aprenda a difereça entre confiar no dom e confiar no Doador. O dom [a benção] pode durar por um período, mas o Doador [Abençoador] é eterno. Se o Senhor tivesse guiado Elias diretamente à viúva de Sarepta, ele teria perdido algo que ajudou a fazer dele um homem melhor, a chance de viver pela fé. Sempre que nossos recursos terrenos se esgotam, é para que possamos aprender que a nossa esperança e ajuda estão em Deus".
Quando olhamos para a situção e dizemos: "Não tem jeito!". Essa é a hora de confiar em Deus. As suas possibilidades não são limitadas pelas circunstâncias passadas ou presentes. Se não há o suficiente para pagar contas que são legitimas, faça o seu melhor e depois relaxe. Confie em Deus para suprir as suas necessidades, e depois, olhe para além da sua carteira. Olhe para a Fonte! Reivindique um suprimento divino, ilimitado. Mas faça também a sua parte. Esforce-se para ter responsabilidade nos seus afazeres. Peça sabedoria e ouça as instruções de Deus. E então, abandone os seus medos e a sua necessidade de estar no controle.
"Confie no Senhor de todo o seu coração, e não dependa do seu próprio entendimento" (Provérbios 3:5). Todos nós sabemos que o dinheiro é uma parte necessária da vida. Deus também sabe!

Bob e Debby Gass. A palavra para hoje, p. 26

P.S. Frederic Brotherton Meyer foi um dos pregadores mais amados do seu tempo, e por mais de 20 anos expositor da Conferência de Keswick. Spurgeon dizia dele: "Meyer prega como um homem que viu Deus face a face". Nasceu em Londres em Abril de 1847, no seio de uma família cristã de origem alemã abastada e devota. Uma das avós exerceu uma especial influência sobre ele. Estudou no Brighton College e graduou-se na Universidade de Londres em 1869. Estudou teologia no Regent's Park College, Oxford.

15 de agosto de 2009

A RELIGIÃO

"Os homens desprezam a religião; odeiam-na e temem que seja verdadeira. Para acalmá-los, é preciso começar mostrando que a religião não é contrária à razão; que é digna de veneração e de respeito; em seguida, torná-la amável, fazer com que os bons desejem que seja verdadeira, digna de veneração, pois conhece exatamente o homem; amável porque promete o verdadeiro bem"
(B. Pascal, pensieri, br. 187.)
O termo "religião" vem do latim religare, que significa "ligar, unir". De fato, a religião é um conjunto de mitos (relatos, textos sagrados, símbolos), ritos (preces, ações, sacrifícios) e normas (mandamentos, preceitos, regras) com o qual o homem exprime e realiza seus contatos com Deus. O fenômeno religioso é um fenômeno eminentemente humano; não pode ser encontrado nos demais seres vivos, apenas no homem. Esse é um fato indiscutível...
[...]
O fenômeno da religião, que abarca a humanidade toda, tanto em termos de espaço como de tempo, e não apenas este ou aquele grupo social de uma época histórica particular, é um fenômeno que assume proporções consideráveis. Os antropólogos e os etnólogos nos informam que o homem desenvolveu uma intensa atividade religiosa desde seu primeiro aparecimento no palco da história, e que as tribos e todas as populações, de qualquer nível cultural, cultivaram alguma forma de religião. Desde a idade paleolítica o homo religiosus está em pé, com os braços levantados. É o homem coroando as demais dimensões: trabalho, jogo, linguagem, ciência.
Bergson faz a seguinte observação: "Houve no passado e há ainda hoje, sociedades humanas que não têm nem ciência, nem arte, nem filosofia. Mas não existe nenhuma sociedade sem religião" (H. Bergson, Les deux sources de la morale et de la religion, cit., p. 105).
"Através da parte mais ilustre da história humana, em todos os séculos e em qualquer estágio da sociedade, a religião foi a força central unificadora da cultura, ela foi a guardiã da tradição, a preservadora da lei moral, educadora e mestra da sabedoria. [...] A religião é a chave da história. Não podemos compreender as estruturas íntimas de uma siciedade se não conhecermos bem a sua religião. Não podemos entender as suas conquistas culturais se não compreedermos as crenças religiosas que estão por trás delas. Em todas as idades, as primeiras elaborações criativas de uma cultura devem-se a uma inspiração religiosa e estão voltadas para um fim religioso. A religião está no limiar de todas as grandes literaturas do mundo" (Ch. Dawson, Religion and culture, Londres, 1948, pp. 49-50). [...].
Como diz Cícero, o homem é naturalmente religioso, porque a realidade que o circunda, com a sua força, com seu fascínio e com o seu terror, sugere a ele a existência de um Ser superior. E, segundo a bela definição de Max Scheler, o homo-religiosus é "o homem que interiormente participa de Deus e da sua força" (M. Scheler, L'eterno nell'uomo, cit., pp. 238-239).
[...]
Que o homem é um ser religioso trata-se de fato inegável, amplamente documentado pela história, pela antropologia cultural e pela arqueologia. Mas por que é um ser religioso? É justo que seja religioso? A religião pertence à natureza mesma do homem ou é simplesmente um expressão cultural da sua impotência e da sua imaturidade, destinada a desaparecer com o progresso da civilização?
A humanidade nasceu religiosa, assim como nasceu inteligente, criativa, livre, sociável, comunicativa, educável. A religiosidade é, pois, uma qualidade co-natural, inata; poder-se-ia dizer que está inscrita no próprio código genético do homem.
Em conclusão, para que exista religião é preciso que exista Deus. Sem Deus não poderia haver religião, como sem astros não haveria astronomia, sem plantas não haveria botânica e sem animais não haveria zoologia.
Para demonstrar a racionalidade do ato religioso é preciso provar que o seu objeto não é ilusório, mas real; em outras palavras, é preciso provar que Deus existe. A demonstração da existência de Deus é o único fundamento racional da religião. Se essa prova não existe, a religião reduz-se a cego fideísmo e romântico sentimentalismo.
[...]
A religião é a ascensão do homem para Deus, a progressiva aproximação de Deus, por parte do homem. Essa aproximação de Deus não é uma exigência imposta de fora, na forma de alguma lei ou decreto baixado pela vontade e pelo poder de Deus (como quando um escravo obedece ao seu senhor); é, antes, uma exigência inscrita no ser profundo do homem, feito à imagem e semelhança de Deus. É "a iconicidade divina" que faz do homem um ser naturalmente religioso.
Segundo a Sagrada Escritura, a essência do homem não está na racionalidade, na liberdade, na linguagem, na inventividade, na cultura, na religião etc., mas na sua capacidade de espelhar e de reproduzir a realidade de Deus, isto é, ser "um ícone" divino...

(Batista Mondin. Quem é Deus? pp. 48-51, 77-78, 398).