29 de dezembro de 2009

ORAÇÃO DE DAVI

"Ensina-me, SENHOR, o teu caminho, e andarei na tua verdade; dispõe-me o coração para só temer o teu nome" (Salmos 86.11).
Em todos os salmos, a palavra coração refere-se ao centro da alma ou do espírito humano. Desse centro fluem as emoções, os pensamentos e as atitudes da pessoa. Se o coração só teme ao SENHOR, essas manifestações humanas refletirão pureza e altruísmo, sem corrupção de nenhuma espécie.
O profeta Jeremias escreveu, em linguagem semelhante, que o desejo de Deus é que nos voltemos a ele de todo o coração (Jr 24.7). E esse conceito chamou um só coração um só caminho (Jr 32.39). Ezequiel também falou a respeito de Deus dar um só coração, espírito novo (Ez 11.19).
Somente Deus pode dar um coração temente só a ele; não é algo que consigamos por conta própria. Mesmo assim, precisamos aceitar a oferta de Deus; devemos desejar um coração assim. O modo mais certo de saber se o coração só teme ao SENHOR e não está dividido talvez seja fazer eco à oração de Davi: Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos (Sl 139.23). Somente Deus pode dizer se o nosso coração é puro.
(Bíblia de Estudo Vida, 1999, p. 915)

13 de dezembro de 2009

A GRAÇA COMUM

Sendo um dos conceitos fundamentais da Escritura, a graça fala das ações amorosas de Deus para com a criação e a favor da humanidade em particular. O dicionário de teologia define numa frase o que é graça (divina): "Graça é o transbordar generoso do amor de Deus-Pai por meio do Filho Jesus Cristo".
A
graça comum
é a ação amorosa pela qual Deus dá às pessoas inumeráveis bênçãos (ex. o ar que se respira), por meio do seu cuidado providencial, independentemente de qualquer reconhecimento.
Se olharmos para o mundo ao nosso redor veremos as evidências da graça comum de Deus no domínio intelectual, que resulta na capacidade para compreender a verdade e distingui-la do erro e em experimentar crescimento em conhecimento, que pode ser usado na investigação do universo e na tarefa de dominar a terra. Isso significa que toda ciência e tecnologia axecutada por não-cristãos é um dos resultados da graça comum; que lhes possibilitam fazer descobertas e invensões inacreditáveis, desenvolver os recursos da terra em variados bens materiais, produzir e distribuir tais recursos e ter habilidade em seu trabalho produtivo. Num sentido prático isso significa que toda vez que vamos ao shopping ou até uma mercearia, andamos de carro ou nos aquecemos à beira de uma lareira, devemos nos lembrar sempre que estamos experimentando os resultados da abundante graça comum; que Deus derramou tão esplendidamente sobre toda a humanidade.
O governo humano também é resultado da graça comum. Ele foi instituído por Deus desde o princípio (Gn 9.6), e se diz claramente que é concedido por Deus na carta do apóstolo Paulo aos Romanos 13.1 (NVI): "Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus, as autoridades que existem foram por ele estabelecidas". De fato, um dos principais expedientes que Deus usa para restringir o mal no mundo é o governo humano. As leis humanas, as forças policiais e os sistemas judiciais proporcionam um poderoso restringente às ações do mal, e essas coisas são necessárias porque existe no mundo muito o mal irracional que tão-somente pode ser restringido pela força e não pela razão ou educação. Obviamente, a propensão do homem para o pecado também podem afetar os próprios governos, é por isso que muitos deles se tornam corruptos e efetivamente encorajam o mal ao invés do bem. Isso meramente significa que o governo humano, assim como todas as outras bênçãos da graça comum que Deus dá, infelismente, pode ser usado tanto para própositos bons quanto maus.
Outras organizações na sociedade humana que incluem instituições educacionais, indústrias e corporações, associações voluntárias (tais como instituições de caridade e grupos de serviços públicos e privados) e os incontáveis exemplos de benevolência humana. Tudo isso coopera para levar alguma medida de bem aos seres humanos, tudo isto nada mais é do que a pura expressão da graça comum de Deus em benefício de toda a humanidade.
Quando passeamos pela rua e observamos casas bem construídas e jardins, ornamentados, famílias morando em segurança, ou quando fazemos negócios no supermercado e percebemos os abundantes resultados do progresso tecnológico, ou quando andamos através das florestas e vemos a formosura da natureza, ou quando somos protegidos pelo governo, ou quando recebemos a educação com o vasto tesouro do conhecimento humano, devemos perceber, no final das contas, que Deus em sua soberania é o responsável não apenas por todas essas bênçãos, mas também que as têm concedido a pecadores totalmente indígnos de sequer uma delas! Essas bênçãos no mundo são não apenas evidência do poder e sabedoria de Deus, mas são também manifestação de sua abundante graça. A compreensão desse fato deve fazer com que o nosso coração se eleve com ações de graça a Deus em todas as atividades da nossa vida.
Wayne Grudem. Teologia Sistemática, pp. 549-557

23 de novembro de 2009

O INÍCIO DA NOVA VIDA

A humanidade é pecadora por natureza e precisa da justiça de Deus. Devemos nos afastar do pecado e ser separados para a justiça. Se desejamos nos aproximar de Deus, é necessário que seja segundo os critérios dele: devemos ter uma nova vida na qual nossos pecados tenham sido perdoados e removidos (Rm 12.1,2).
Uma coisa é estarmos convencidos da necessidade de uma nova vida, mas outra, completamente diferente, é obter a nova vida. Ao sermos "salvos", dizemos que somos novas criaturas (2Co 5.17); que passamos da morte para a vida (Jo 5.24); que fomos libertados do império da morte e transportados para o Reino de Deus (Cl 1.3); que nascemos de novo (Jo 3.3) e que fomos adotados por Deus (Gl 4.4-5). Estas coisas maravilhosas, que advêm com a nova vida, são oferecidas gratuitamente a todo aquele que confia em Cristo para sua salvação.
Um dos benefícios mais empolgantes da nova em Cristo é a vida eterna. Iniciamos um relacionamento novo e pessoal com Deus, que nos dá vitalidade espiritual em abundância(Jo 10.10); essa nova vida é um presente (graça) que nunca se perderá. Deus pode realizar uma mudança completa na vida de todos aqueles que realmente crerem em cristo (Rm 10.9; At 16.31).
Bíblia de estudos das profecias

25 de outubro de 2009

RESPEITE O SEU CORPO

"Acaso desconhecem que o corpo de vocês é santuário [templo] do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus... Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, honrem a Deus com o seu próprio corpo" (1Coríntios 6.19,20).

O nome de Kenneth Cooper é sinônimo de boa forma [física], mas o seu compromisso com a saúde vai além de uma boa aparência. Ele acredita que o nosso corpo é um templo e que é nossa dívida para com Deus mantê-lo em forma. Como ele passou de um estudante de medicina acima do peso que vivia comendo porcarias e ingerindo muita cafeína, a um homem atlético que faz caminhadas aeróbicas diariamente? Em uma viagem para praticar esqui aquático, seu coração começou a bater 250 batidas por minuto e ele pensou que estava morrendo. Foi um aviso para que ele acordasse. Deus estava lhe dizendo algo; e Ele não precisou falar duas vezes! Cooper desenvolveu o que chamamos de ginástica aeróbica, perdeu 25 quilos e correu uma maratona. A boa forma tornou-se a sua paixão, mas dar palestras exerceram um efeito negativo sobre a sua vida espiritual. Então ele decidiu começar a alimentar melhor o seu homem interior lendo, orando, integrando lições espirituais às suas palestras e, envolvendo-se novamente na igreja. Como resultado, ele tem ajudado milhares de pessoas em todo o mundo. Ele diz que a sua maior motivação para ficar em forma é espiritual.
Mas, como anular os efeitos de um estilo da vida frenético e do estresse ligado ao trabalho? Primeiro: reconheça Jesus como Salvador e Senhor da sua vida e que seu corpo, apesar de toda imperfeição, é templo do Espírito Santo. Segundo: entre em um programa de boa forma física [ex., caminhar diariamente]... coma direito [ e não direto]... organize melhor a sua agenda. Se você ainda acha que cuidar de si mesmo (do seu corpo) não é espiritual, pare e pense melhor sobre o assunto! Saiba que é tão irracional deixar-se dominar pelos maus hábitos quanto abusar das drogas e do álcool. Em vez de dizer "não tenho tempo", encontre tempo; esta atitude pode salvar sua vida! Agindo assim, você se tornará não somente um homem novo mas, melhor ainda, um novo homem; mais criativo, mais lúdico, mais social, mais amável, mais espiritual e, sobretudo, mais humano.

Bob e Debby Gass. A palavra para hoje, julho 2009, p. 35

5 de outubro de 2009

CRISTO, O PÃO DA VIDA

Eu sou o pão da vida (João 6.35,48).
O Senhor Jesus está dizendo que Ele mesmo é o alimento disignado para o homem. As almas dos homens estão naturalmente perecendo de fome por causa do pecado. Mas Cristo foi enviado por Deus, o Pai, para satisfazer, aliviar e atender as nossas necessidades espirituais. Somente em Cristo - em seu ofício de mediador e sacerdote; em sua morte redentora e vicária, em sua maravilhosa graça, amor e poder - somente nEle as almas vazias têm suas necessidades supridas. Em Cristo, há vida em abundância. Ele é "o pão da vida".
Essa metáfora foi escolhida com grande e perfeita sabedoria divina, pois o pão é um alimento essencial para alimentar o nosso corpo. Podemos viver razoavelmente sem muitos tipos de alimento em nossa mesa, mas sem o pão, não! O mesmo acontece em relação a nossa salvação. Ou temos a Cristo, ou pereceremos em nossos pecados. O pão é, sem dúvida, um alimento adequado para todas as pessoas. Alguns não comem carne; outros vegetais, mas o pão é apreciado por todos. É um alimento tanto para o rei quanto para o súdito. Isto também é verdade em relação a Cristo. Ele é o salvador que supre as necessidades de todas as classes de pessoas. O pão é alimento de todos os dias. Outros tipos de alimento talvez comamos ocasionalmente, porém, manhã após manhã desejamos ter o pão; do mesmo modo também carecemos de Cristo. A cada dia de nossas vidas precisamos do Seu sangue purificador, da Sua justiça, da Sua intercessão e da Sua graça. Não é sem propósito que Cristo afirmou:

"Eu Sou o pão da vida".


O crente verdadeiro deve ser grato a Deus por esta afirmação de Jesus e nutrir-se da verdade nela contida: Cristo é o pão da vida; ele preserva todos os crentes; veio para todo aquele que confia em seu nome; é a possessão eterna de todos os que assim crêem. Certamente, estas palavras contêm boas-novas repletas de alegria!

(J. C. Ryle. Meditações no Evangelho de João, pp. 78-79)

6 de setembro de 2009

O SIGNIFICADO DO SANGUE DE CRISTO

O Novo Testamento muitas vezes liga o sangue de Cristo com a nossa redenção. Por exemplo, Pedro diz: "... sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo" (1Pe 1.18-19).
O sangue de Cristo é a clara evidência externa de que seu sangue vital foi derramado quando ele experimentou a morte sacrificial para pagar nossa redenção - "o sangue de cristo" sua morte em seus aspectos salvíficos (esse é o ponto de vista de Leon Morris, Apostolic Preaching of the Cross, p. 112-26). Embora possamos pensar que o sangue de Cristo (como evidência de que sua vida foi dada) refere-se exclusivamente à remoção de nossa culpa judicial diante de Deus - pois essa é sua preferência primária - os autores do Novo Testamento atribuem-lhe também vários outros efeitos. Pelo sangue de Cristo nossa consciência é purificada (Hebreus 9.14), obtemos acesso ousado a Deus em adoração e oração (Hebreus 10.19), somos purificados de maneira progressiva do pecado restante (1João 1.7; cf. Apocalipse 1.5b), somos capazes de vencer o acusador dos irmãos (Apocalipse 12.10-11) e resgatados de um modo pecaminoso de vida (1 pedro 1.18-19) (este parágrafo foi extraído de Wayne Grudem, The First Epistle of Peter, p. 84).
As Escrituras falam tanto assim do sangue de Cristo porque o seu derramamento constitui evidência bem clara de que sua vida foi dada em execução judicial (isto é, ele foi condenado à morte e morreu pagando uma pena imposta tanto por um juiz humano na terra como pelo próprio Deus no céu). A ênfase das Escrituras no sangue de Cristo também mostra a relação clara entre a morte de Cristo e os muitos sacrifícios do Antigo Testamento que envolviam o derramamento de sangue em que estava a vida do animal sacrificado. Todos esses sacrifícios apontavam para ao futuro e prefiguravam a morte de Cristo.
[...]
Para pagar a pena de morte que merecemos por causa de nossos pecados, Cristo morreu como sacrifício por nós. Ele "se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado" (Hebreus 9.26).

(Wayne Grudem. Teologia Sistemática, p. 481-82)

5 de setembro de 2009

O PECADO DA DIFAMAÇÃO

A bíblia diz: "Com ela (a nossa língua) bendizemos ao nosso Deus... e com ela amaldiçoamos os homens... não é conviniente que estas coisas sejam assim" (Tiago 3:8-10-NKJV).
"mas nenhum ser humano pode domar a língua. Ela está sempre pronta a expelir seu veneno mortífero. Onde houver inveja ou ambições egoístas, aí haverá desordem e todas as outras espécies de mal" (Tiago 3.8,16-ABV).
É desagradável aos olhos de Deus [e nos afasta das bênçãos] quando O louvamos na Igreja no domingo e depois destruímos a vida de alguém no trabalho na segunda-feira. Você diz: "Mas o que eu estou dizendo é verdade." "Todos os caminhos do homem lhe parecem puros, mas o Senhor avalia o espírito" (Provérbios 16:2 NVI). A difamação começa com o orgulho; ela diz: "Quando eu estou certo e você está errado, tenho o direito de dizer isto." Não, não tem! Pessoas têm corrido para o altar das igrejas em busca de cura para feridas causadas por cristãos. Uma senhora escreveu: "Durante algum tempo tentei vencer a fofoca, mas eu não conseguia deixar de contar as coisas para o meu marido. Embora tivesse certeza de que ele não passaria adiante, percebi que o expondo a essas coisas eu estava envenenando o seu espírito. Foi então que decidi mudar o que saía de minha boca."
O que você diz sobre alguém altera a forma como os outros veem aquela pessoa. Um pastor disse certa vez: "Se vocês ouvirem alguém falar mal de outra pessoa, interrompa-o gentilmente e diga: 'Desculpe mas, quem o feriu o ignorou ou o menosprezou? Então vou orar para que Deus possa restaurar a sua paz, mas, para seu próprio bem, não permitirei que fale de pessoas que não estão presentes para se defenderem.' A maioria das vezes o assunto morre ali, ou a pessoa vai embora.
"Sejam humildes e amáveis. Sejam pacientes uns com os outros, tendo tolerância pelas faltas uns dos outros por causa do amor entre vocês" (Efésios 4.2-ABV). Nenhum de nós é infalível, mas todos precisamos ser tratados com bondade, paciência e amor. Por isto, criemos o hábito de tratar cada um do mesmo modo que gostaríamos de sermos tratados; com amor, carinho, educação e respeito.


(Bob e Debby Gass. A palavra para hoje ( julho a agosto 2009), p. 40)