18 de fevereiro de 2009

HISTÓRIA DO CARNAVAL

As Saturnálias eram uma antiga festividade da religião romana dedicada ao templo de Saturno e à mítica Idade de Ouro. Era celebrada sempre em 17 de Dezembro. Ao longo dos tempos porém, foi alargada à semana completa, terminando em 23 de Dezembro. As Saturnálias tinham início com grandes banquetes, sacrifícios, às vezes até orgias.

Durante a Saturnália, os membros da nobreza e os escravos se misturavam nas ruas para as comemorações, que incluíam muita comida, bebida, música e dança. Essas festas eram protegidas por Baco, o deus do vinho. Nos dias de folia, tudo se invertia. Tanto que o rei da festa, o Rei Momo, era um escravo (da classe mais baixa de Roma) e podia ordenar o que quisesse durante as festividades. As pessoas representavam papéis, por isso, com o passar do tempo, veio o costume das máscaras, trazidas do teatro grego clássico.

M
as, com o fim do Império Romano e a ascensão do Cristianismo, na Idade Média, essas festividades correram o risco de acabar. A Igreja Católica quis então cancelar as Saturnálias, sem, contudo, desagradar completamente a seus fiéis. Então, no ano 325 d.C., ficou decidido que os 40 dias antes da Páscoa deveriam ser guardados apenas para orações e jejuns - intervalo de tempo que ficou conhecido como Quaresma [a exemplo de Jesus que jejuou 40 dias, o povo fiel jejua e abstém-se de carne durante 40 dias. Daí a Quaresma. Hoje porém, esse jejum está reduzido somente a dois dias: a quarta-feira de cinzas (primeiro dia da Quaresma), e a sexta-feira santa].

As cinzas são para lembrar ao homem, que ele foi feito do pó da terra, e que em pó ele vai se tornar novamente, quando morrer. Daí a oração do padre ao impor as cinzas na testa dos fiéis: "Lembra-te, homem, que és pó, e em pó ás de te volver". As cinzas, símbolo de penitência, são feitas pela queima das palmas bentas do ano anterior.

As festividades foram movidas para antes do início desse período e ganharam o nome de "Carnevale", que em latim significa "adeus à carne". Em português e francês é Carnaval. O carnaval é uma festa móvel, ou seja, não tem uma data fixa; depende do domingo de Páscoa. Fiel à sua doutrina, todos os anos a Igreja Católica combate com veemência os excessos cometidos pelos foliões durante a maior festa popular do Brasil, o carnaval.

O que pouca gente sabe é que esta folia pagã tem o seu calendário definido em consequência de um sistema de cálculo elaborado pela própria Igreja Católica. Por essa metodologia, a Igreja, primeiro, define uma de suas datas mais sagradas, o domingo de Páscoa, quando comemora a ressurreição de Cristo. A partir daí, chega-se ao domingo de carnaval com uma fórmula simples: contam-se retroativamente sete domingos. Por isso, o carnaval é uma festa móvel, ou seja, não tem uma data fixa; depende do domingo de Páscoa. Fiel à sua doutrina, todos os anos a Igreja Católica combate com veemência os excessos cometidos pelos foliões durante a maior festa popular do Brasil, o carnaval.

Lua Cheia Eclesiástica
Como regra básica, a Páscoa tem de cair no primeiro domingo após a lua cheia que seguir ao equinócio de primavera no hemisfério norte. O equinócio marca o início da primavera - geralmente, 21 de março. No entanto, a Igreja se baseia em projeções sobre o satélite feitas no início da Idade Média, que já não coincidem com o ciclo lunar real. Assim a Páscoa depende da chamada "lua cheia eclesiástica".

"Não há nada que defina melhor uma pessoa do que aquilo que ela faz quando tem toda a liberdade de escolha" (Willian M. Burguer, político americano).

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